O Outubro Rosa precisa ser inclusivo para todas as identidades de gênero. A cannabis medicinal é uma aliada no cuidado e na reparação social, garantindo saúde e acolhimento para quem mais precisa.

Outubro Rosa Além do Cis: Cannabis como estrutura de inclusão em saúde

O mês de outubro é um momento importante para refletirmos sobre a conscientização do câncer de mama, uma das doenças que mais afetam mulheres em todo o mundo. Em 2022, o INCA registrou aproximadamente 2,3 milhões de casos, e a estimativa é de que cerca de 666.103 pessoas venham a falecer pela doença neste ano (IARC, 2024). Os sintomas mais comuns incluem o aparecimento de nódulos, que podem ser indolores e duros, mas também podem ter outras características. Além disso, alterações na pele, como edema semelhante à casca de laranja, e mudanças no mamilo são sinais que não podem ser ignorados.

É fundamental lembrar que a prevenção é a melhor forma de combate ao câncer. Exames regulares, como mamografias e o autoexame das mamas, devem fazer parte da rotina de todas as pessoas, independentemente de seu gênero. As discussões sobre a saúde não devem se limitar apenas às mulheres cisgênero; pessoas trans também enfrentam riscos e precisam ser acolhidas nas campanhas de conscientização.

A cannabis pode ser uma aliada nessa luta, proporcionando acesso à informação, cuidados e alívio de sintomas para aqueles que enfrentam o câncer e sintomas depressivos. 

Garantir a inclusão nas campanhas de conscientização é uma questão de justiça e de respeito aos direitos de saúde de todos, assegurado pelo artigo 196 da Constituição Federal. Um Outubro Rosa inclusivo é um passo fundamental na construção de uma saúde pública mais igualitária e acessível.

Rastreamento do Câncer de Mama: Inclusão e Cuidado na Comunidade Trans.

Para mulheres trans, o uso de hormônios para transição de gênero — especificamente o estrogênio — é um fator de risco. Um estudo da University Medical Center, na Holanda, revelou que as mulheres trans têm 47 vezes mais chances de desenvolver câncer de mama em comparação aos homens cisgênero. Embora esses números possam parecer alarmantes, é importante contextualizar que o câncer de mama em homens cis é raro, representando apenas 1% dos diagnósticos. Ainda assim, os riscos para a população trans não devem ser negligenciados. O acompanhamento médico regular, o autoexame e exames de imagem são fundamentais.

Para homens trans, que muitas vezes optam pela mastectomia, o risco de câncer de mama é reduzido, mas não completamente eliminado.Tecido mamário residual pode permanecer nas áreas próximas, como a região axilar. Além disso, para aqueles que não realizaram a mastectomia, o acompanhamento clínico regular é recomendado, especialmente após os 40 anos de idade.

A inclusão das pessoas trans no Outubro Rosa é fundamental para garantir que a saúde de todos seja priorizada. Além de enfrentar os desafios relacionados à prevenção do câncer de mama, a comunidade trans enfrenta barreiras gigantes no acesso aos cuidados em saúde. A falta de acolhimento adequado e a exclusão das campanhas de prevenção muitas vezes tornam o acesso à saúde precário e inseguro.

Nesse contexto, a cannabis  surge como uma aliada no cuidado integrativo, promovendo não apenas o alívio dos sintomas associados ao tratamento do câncer, como a dor crônica e os efeitos colaterais da quimioterapia, mas também na melhora do bem-estar psicológico. Estudos indicam que o uso de cannabis pode auxiliar no gerenciamento da ansiedade e depressão, condições comuns entre pessoas trans que enfrentam discriminação e barreiras no sistema de saúde.

É preciso que a saúde trans seja tratada de maneira inclusiva, com respeito às necessidades individuais e livre de preconceitos. O Outubro Rosa deve ser uma oportunidade para conscientizar sobre a importância do cuidado integral, sem deixar ninguém para trás. A luta contra o câncer de mama é uma responsabilidade coletiva, e a inclusão da comunidade trans nas campanhas e nos serviços de saúde é um passo fundamental para promover um futuro onde todos tenham acesso aos cuidados necessários.

As campanhas de conscientização sobre o câncer de mama precisam urgentemente romper as barreiras do cuidado cisnormativo, reconhecendo a saúde trans como uma prioridade que exige respeito e visibilidade. As ações de saúde promovem a inclusão,  assegurando que todos, independentemente de sua identidade de gênero, tenham acesso a informações, cuidados e suporte. A promoção do autocuidado deve ser universal, garantindo que ninguém seja deixado de fora. A  cannabis é vista como ferramenta valiosa de inclusão, não apenas por seus comprovados benefícios para a saúde, mas também por seu potencial de promover a reparação histórica e social.

Quando expandirmos a conversa sobre saúde, devemos garantir que todos os corpos sejam respeitados e cuidados, pois a saúde é um direito de todos.

Neste Outubro Rosa, cuide-se com amor e atenção: sua saúde é sua maior prioridade!

Escrito por: Dra. Lih Vitoria, biomédica geneticista e pesquisadora da cannabis

Com sede no Vale do Silício, somos líderes em biotecnologia para suplementação nutricional, com certificado de boas práticas em manipulação pela regulamentação dos Estados Unidos. 

Canabinoides para o Tratamento de Enxaquecas

O potencial terapêutico dos canabinoides para o tratamento de enxaquecas é um campo empolgante e em rápida evolução. Embora as evidências atuais ainda estejam em estágios iniciais, a modulação do sistema endocanabinoide oferece uma abordagem promissora para o manejo da dor e dos sintomas associados à enxaqueca. Alguns estudos descobriram que pacientes que utilizam cannabis experimentam episódios de enxaqueca menos frequentes e menos intensos. Pesquisas contínuas e ensaios clínicos bem desenhados são essenciais para elucidar completamente os benefícios e as limitações das terapias baseadas em cannabis, abrindo caminho para opções de tratamento mais eficazes e personalizadas para os pacientes que sofrem de enxaqueca.

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Sistema Endocanabinoide e Cannabis na Saúde Feminina

O SEC desempenha um papel vital na saúde reprodutiva feminina, e os fitocanabinoides se mostram promissores como agentes terapêuticos para diversas condições ginecológicas. O uso histórico da cannabis na saúde da mulher ressalta seu potencial valor terapêutico. Embora mais pesquisas sejam necessárias para elucidar completamente os mecanismos de ação, dosagens ideais e segurança a longo prazo, as evidências existentes sugerem que a cannabis pode oferecer uma alternativa segura e eficaz aos tratamentos tradicionais para uma variedade de problemas de saúde da mulher. 

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