Cannabis e ELA: Explorando os Potenciais Benefícios Terapêuticos

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), ou doença de Lou Gehrig, é um distúrbio neurodegenerativo que afeta as células nervosas do movimento muscular voluntário. Não há cura para a ELA, mas os tratamentos existentes visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. A cannabis tem sido estudada como um possível tratamento adjuvante para a ELA, com resultados preliminares sugerindo benefícios para os pacientes. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar esses efeitos.

Introdução:

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que afeta as células nervosas responsáveis pelo movimento muscular voluntário. Até o momento, não há cura conhecida para a ELA. Os tratamentos disponíveis estão focados em aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente em explorar os potenciais benefícios terapêuticos da cannabis como tratamento adjuvante para a ELA. Embora a pesquisa ainda esteja em estágios iniciais e inconclusiva, descobertas preliminares sugerem que a cannabis pode oferecer efeitos positivos para os pacientes com ELA.

Abordando os Sintomas da ELA:

Um dos aspectos mais promissores da cannabis como tratamento potencial para a ELA é sua capacidade de abordar vários sintomas associados à doença. A cannabis tem propriedades como analgesia, relaxamento muscular, broncodilatação, redução da salivação, estímulo do apetite e indução do sono, podendo beneficiar muito os pacientes com ELA [5]. Essas propriedades de controle de sintomas podem ajudar a aliviar a dor, reduzir a espasticidade, controlar o excesso de saliva, estimular o apetite e melhorar a qualidade do sono, resultando em uma melhoria geral na qualidade de vida dos pacientes [8][9].

Efeitos Antioxidantes, Anti-inflamatórios e Neuroprotetores:

Os fitocanabinoides já demonstraram possuir efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e neuroprotetores [6]. Essas propriedades são particularmente relevantes para a ELA, pois a doença envolve estresse oxidativo, inflamação e danos progressivos aos neurônios motores. Estudos pré-clínicos em modelos animais de ELA demonstraram que tratamentos baseados em cannabis podem fornecer neuroproteção, retardar o início da doença e desacelerar sua progressão [7]. Embora essas descobertas sejam promissoras, mais pesquisas são necessárias para entender completamente os mecanismos subjacentes a esses efeitos e avaliar seu potencial em pacientes humanos com ELA.

Pesquisas de Pacientes e Observações:

Embora os ensaios clínicos que investigam o uso de medicamentos à base de cannabis especificamente para controlar a progressão da ELA sejam limitados, pesquisas com pacientes e evidências anedóticas sugerem que a cannabis medicinal pode fornecer alívio terapêutico para os sintomas da ELA [3]. Essas observações, embora ainda não conclusivas, indicam que a cannabis pode ser uma terapia adjuvante valiosa para o gerenciamento dos sintomas da ELA e para melhorar o dia-a-dia dos pacientes.

Conclusão:

O uso da cannabis como tratamento adjuvante para a ELA apresenta promessa, principalmente devido às suas propriedades de controle de sintomas e potenciais efeitos neuroprotetores. Embora estudos pré-clínicos e pesquisas com pacientes sugiram benefícios terapêuticos, ainda faltam evidências conclusivas sobre a eficácia e segurança da cannabis na ELA. Portanto, é importante que profissionais de saúde, pacientes e aqueles interessados na cannabis medicinal reconheçam a necessidade de mais pesquisas rigorosas e ensaios clínicos para obter uma compreensão mais clara do papel potencial da cannabis no tratamento da ELA. Através de uma investigação científica contínua, podemos descobrir novas abordagens para melhorar a vida dos pacientes com ELA e, potencialmente, retardar a progressão dessa doença devastadora.

Citações

[1] https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20439484/

[2] https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5270417/

[3] https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fphar.2022.881810/full

[4] https://www.als.net/news/cannabis-for-als-more-science-is-needed-but-some-say-it-offers-relief/

[5] https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30520038/

[6] https://alsnewstoday.com/cannabis/

[7] https://alsworldwide.org/care-and-support/article/medical-marijuana

[8] https://crossvalleyhealth.com/medical-marijuana-certification/medical-marijuana-for-als/

[9] https://bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/bph.15386

Escrito por: Leticia Dadalt, PhD: Bióloga, apaixonada pela ciência da vida, traz uma bagagem acadêmica robusta para a arena da educação canábica. Sua jornada é dedicada a compartilhar conhecimento, quebrar estigmas e abrir caminhos para que mais pessoas possam explorar os benefícios terapêuticos dessa planta incrível.

Com sede no Vale do Silício, somos líderes em biotecnologia para suplementação nutricional, com certificado de boas práticas em manipulação pela regulamentação dos Estados Unidos. 

Sistema Endocanabinoide e Cannabis na Saúde Feminina

O SEC desempenha um papel vital na saúde reprodutiva feminina, e os fitocanabinoides se mostram promissores como agentes terapêuticos para diversas condições ginecológicas. O uso histórico da cannabis na saúde da mulher ressalta seu potencial valor terapêutico. Embora mais pesquisas sejam necessárias para elucidar completamente os mecanismos de ação, dosagens ideais e segurança a longo prazo, as evidências existentes sugerem que a cannabis pode oferecer uma alternativa segura e eficaz aos tratamentos tradicionais para uma variedade de problemas de saúde da mulher. 

Leia mais »

Canabinoides na Doença de Parkinson

Canabinoides na Doença de Parkinson mostram promessa no alívio de sintomas motores como tremores e rigidez, além de melhorar aspectos não motores como ansiedade e distúrbios do sono. Pesquisas iniciais também sugerem potencial neuroprotetor.

Leia mais »